Artigo Prisma Planck E
Sobre Memória e Olfato
Data publicação: 2022-09-02
Date modificação: 2022-09-02
Tempo de leitura: 00:01:27
Autor(a): Patrizia Tomasi-Bensik
“Nada revive o passado tão completamente quanto um cheiro que já foi associado a ele.”
Vladimir Nabokov
Você sabia que a mais primitiva de nossas memórias é a olfativa?
A qualidade da ligação entre mãe e filho está ligada à memória olfativa, uma vez que os humores do seio materno têm características tão próprias, que permitem ao bebê reconhecer sua mãe pelo cheiro.
Estudos apontam que portadores de Alzheimer e outros males cognito-degenerativos não possuem olfato apurado e isso piora, conforme a doença evolui.
No cinema, ouvimos –no mais das vezes alto demais- todo o desenvolvimento da história, enquanto assistimos, comendo pipoca. Dos sentidos, faltam o tato e o olfato. Se trocarmos o cinema por uma experiência HIVE, sigla em inglês para Ambiente de Ampla Imersão Virtual, resolvemos a questão do tato, com trajes hápticos. Quanto ao olfato, já existem salas de cinema com aspersores ligados a computadores, que tentam simular a experiência olfativa; mas, o resultado é uma enjoativa mistura de odores, que agride nossos neuromoduladores como um soco no estômago.
E aí entra o NEZ. Não tanto por fazer referência direta a nariz, em francês e muito pela ligação com os perfumistas hosanados pela indústria de moda: pessoas com tamanha acuidade olfativa que são conhecidos por Monsieur ou Madame Nez.
Imagine um vídeo que você está assistindo em teu smartphone ou um filme, na TV. A cena mostra alguém tomando um café. E você sente o cheiro do café. Na próxima cena, aquela mulher deslumbrante corre descalça, na chuva. E você sente o cheiro da chuva. Depois de um banho quente, onde ela usa um sabonete Chanel n05 -que você evidentemente reconhece pelo cheiro- ela se produz toda e entra em seu carro novinho. E você sente o cheiro do carro novo.
A Planck E desenvolveu o NEZ para a indústria de moda, mas no processo, percebemos o incrível potencial relacionado à indústria farmacêutica: A sofisticação de nosso sistema olfativo é tal, que podemos tratar da depressão à esquizofrenia, passando por distúrbios alimentares, apenas trazendo a memória olfativa adequada.
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