Artigo Prisma Planck E


Raízen e o Etanol que Mata


Local: São Paulo, Brasil
Data publicação: 2022-11-11
Date modificação: 2022-11-11
Tempo de leitura: 00:02:00
Raízen e o Etanol que Mata

“O homem não é o que ele pensa ser.  Ele é o que esconde ser.”

André Malraux

 

 

Como em uma fantasia de Goebbels, o setor sucroalcooleiro brasileiro , ou melhor:  o rico e poderosíssimo setor sucroalcooleiro brasileiro prega –aos quatro ventos- sua sustentabilidade.

Atendo-me fielmente ao português, eles estão certos.  Sustentável, é tudo aquilo que se autoporta, que se mantém.  E certamente, uma indústria que goza do privilégio de escolher entre produzir açúcar ou álcool, dependendo dos preços dos mercados, certamente é sustentável.

No entanto, esta apregoada sustentabilidade -talvez por desconhecimento da língua pátria- quer, ambiciona, busca desesperadamente referir-se a ecossustentabilidade ou a capacidade de autoportar-se respeitando o meio ambiente; o quê, definitivamente, não poderia estar mais distante da realidade.

O slogan da Raízen, a maior produtora de etanol do planeta, é: Raízen Energia: Geração de Energia Limpa e Renovável.  Vamos ver.

Em 2013, Raízen e Basf foram multadas em R$200 milhões, pela contaminação de trabalhadores em Paulínia, no interior de São Paulo.  A ação do Ministério Público do Trabalho, que teve início em 2006, constatou, através de cuidadosas investigações realizadas durante anos o descaso das empresas no cuidado de seus funcionários em uma produtora de agrotóxicos que contaminou solo e reservas de água com os agentes químicos aldrin, endrin e dieldrin; substâncias cancerígenas.  Manuseadas sem qualquer cuidado pelos operários, entre o ajuizamento da ação, em 2006 e a celebração do acordo, em 2013, os agentes químicos causaram a morte de 60 trabalhadores.  O acordo também garante tratamento vitalício a 1058 vítimas, além de todas aquelas que comprovassem –no futuro- a necessidade de atendimento.

Em 2018, a Raízen foi investigada por formação de quadrilha.

No dia 6 de junho de 2021, um reator explodiu na Usina Costa Pinto, da Raízen, em Piracicaba.  Foi um segundo acidente e, de acordo com funcionários, mortes e feridos graves estariam sendo ocultados pela companhia.  Amedrontados, os funcionários relataram o absoluto descaso da companhia diante de claros riscos, relacionados à falta de manutenção adequada de equipamentos.

Em julho de 2022, a Raízen foi multada por despejar vinhaça em um afluente do Rio Piracicaba, causando a mortandade de peixes.  O valor da multa? Ínfimos R$240 mil.

Se você ainda não se convenceu sobre a discordância entre o slogan da Raízen e seu modus operandi, leia meu livro Gerenciamento de Risco no Mercado Verde.  Nele, você vai saber mais sobre o programa governamental RENOVABIO, um crime de reserva de mercado e estelionato, que gera falsos créditos de carbono e apresentado pela Raízen em seus prospectos de mercado como “O Maior Programa de Descarbonização do Mundo;” você vai encontrar explicações detalhadas sobre as condenações da Raízen relacionadas a trabalho escravo e envenenamento de crianças indígenas.  Se não está, você certamente indignar-se-á.


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Palavras Chave

  • Raizen SA
  • RAIZ4
  • Biosev ON
  • o biocombustivel é sustentável
  • RENOVABIO o maior programa de descarbonização

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