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O Que Farei com este Livro?

“Eu não acho que nós ficamos cegos, eu acho que nós somos cegos. Cegos mas vendo, pessoas cegas que podem ver, mas não veem.”

José Saramago

Como todo ignorante, eu tinha implicava gratuitamente com José Saramago. Nunca lera um de seus livros e –ignorante- não gostava. Até um dia em que um amigo querido me disse: “você tem que ler O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Há um momento em que o protagonista está em um barquinho, no meio do oceano, com Deus de um lado e o Diabo do outro.”

Foi o que bastou. Li e me apaixonei. Por sua imaginação, sua forma inusual de escrever, por seu talento sublime, que justificadamente lhe concedeu o Nobel. Como todo leitor compulsivo, economizo Saramago; a tal ponto, que ainda tenho 13 de seus livros para ler.

Em Que Farei Com Este Livro? Saramago brinda-nos com três peças de teatro, que tratam de aspectos políticos e a relação destes com a existência individual. Como teremos segundo turno para presidente, no Brasil, achei por bem, ainda que guardados anos-luz de distância entre a escrita de Saramago e a minha, falar sobre meu primeiro thriller (já estou no quarto!), KKA.

Como estava viciada em Jo NesbØ, e profundamente desanimada com a situação política do Brasil, achei um processo catártico: criar uma trama girando em torno da irresponsabilidade de um governo com a COVID19, dentro do cenário mundial onde uma agência supranacional, a KKA, braço executivo do Clube Bilderberg, desmantela uma trama assassina, que vai do presidente da república e suas filhas, o homem mais corrupto do país, o ministro da economia até superpoderosos como Jacques de Vastries, Bertrand Carnot, Stephen Franson, Welinda Bates, Li-Hua Yunfei.

Os brasileiros? Se vive no Brasil, você certamente vai identificar todos...

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