Artigo Prisma Planck E

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Qual a Velocidade do Tempo?

“O latão brilha com o uso constante, um lindo vestido

precisa ser usado, deixemos uma casa vazia e o tempo a destrói.”

Ovidio

 

Para Kant, espaço e tempo respeitam a visão de Heisenberg acerca do mundo: não são próprios à Natureza e sim à nossa apreensão da Natureza.  Para Santo Agostinho, não existe tempo, senão o vivido e Aristóteles questionava-se quanto à possibilidade de existência do tempo independente daquela da alma.

Seja qual for a perspectiva adotada, é certo que há uma diferença entre o conceito de tempo psicológico e aquele físico.

Para nós, ou melhor: dentro da apreensão de nossos metabolismos, o tempo corre como um rio, e a partir de um presente vazio em sua eternidade, observamos o momento que passa...e passa...e passa.

Dissertamos confiantes sobre o passado e tentamos adivinhar o futuro a partir de algo que nos é absolutamente imcompreensível, pois não existe “tempo” no presente, ainda que sua duração seja não inexistente, dada –novamente- ao processamento metabólico de pensamentos e sensações.

É seguindo a amplitude da relação entre fenômeno observado e observador proposta pela mecânica quântica que perguntamo-nos: se o tempo tem movimento, qual a sua velocidade?

Para total decepção de nossos egos, a nível quântico não temos identidade e todas as partículas são intercambiáveis.  E aí?  Aí que a realidade captada por nossos órgãos sensoriais e processada em nossos cérebros cria interrelações cada vez mais complexas e, nesse processo, cria o Tempo.

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