Artigo Prisma Planck E


A Oitava Civilização Morreu de COVID19


Local: São Paulo, Brasil
Data publicação: 2022-09-05
Date modificação: 2022-09-05
Tempo de leitura: 00:01:41
A Oitava Civilização Morreu de COVID19

“Nada aprendemos com a experiência. Aprendemos, quando refletimos sobre ela.”

John Dewey

N’ O Ponto de Mutação, Fritjof Capra nos propõe uma mudança de paradigma. Claro que depois do sucesso estrondoso –e para lá de merecido- d’ O Tao da Física, Capra estava mais ou menos na posição de propor o que bem entendesse.

No livro, ele aborda a complexidade das forças subjacentes às transformações, que são etapas intrínsecas à própria dinâmica cultural. O interessante é que, ao invés das proposições filosóficas dos historiadores, Capra traz uma perspectiva mais prática, onde as civilizações passariam por 4 momentos: germinação, crescimento, colapso e desintegração. Assim, as oito grandes civilizações são a Sumério-Acadiana e Egípcia caminham praticamente juntas, e começam em cerca de 3.500 a.C., atingem o ápice em 2.500 a.C., quando começam a colapsar até chegar à suas desintegrações, em 200 d.C. Em 3.200 a.C., surge a civilização Égera que, quase efêmera, desintegra-se em 1.000 a.C.. Assíria e Helênica, paralelas e também de curta duração, começam por volta do ano 1.000 a.C. e terminam em 500 d.C. Cristão-Ortodoxa e Islamita, que também caminham juntas, têm seu início por volta do ano 300, da era cristã e seus colapsos, por volta do ano 2.000. Finalmente, a civilização ocidental, que começa por volta do ano 200. Para mim, o ponto máximo ocorre precisamente no dia 20 de julho de 1969, quando Armstrong pisa a Lua; e desintegra-se com a COVID19.

A principal evidência de crescimento de uma civilização é a resposta positiva ao desafio, que fomenta a cultura, levando-a a um novo patamar, onde novos desafios serão vencidos, promovendo a criatividade, artes, ciência. Até que chega-se a um obstáculo intransponível. Quando pisamos a Lua, o Pedrinho Neandertal que nos habita viu-se diante de um imenso ponto de interrogação: E agora? Marte? Júpiter, Saturno? Nahhh. Não é o quão longe poderíamos ir e sim quebrar a fronteira de onde estamos. Ladeira abaixo.

Fácil de observar. A Complexidade, Teoria do Caos, a pílula anticoncepciona, o homo pisa a Lua. Anos 1960. Charles Manson; Seveso; Love Canal; Bhopal; Chernobyl; Exxon Valdez; Asbestos em Libby; vazamento de cru, na Guerra do Golfo; 9/11, a explosão de Jillin, Camp Fire, na Califórnia. Anos 1970 a 2018. E aí, em 2019, vem a COVID. Incompetência, irresponsabilidade, falta de ética, corrupção. Nada de novo na música, nas artes. Nenhum novo David Gilmour ou Mick Jagger. Nem a Santuzza de Montserrat Caballé, arrepiando nossa alma, com seu: NO!

O desafio que não conseguimos vencer? O ser humano é o único ser da Terra a produzir lixo.

Importante: a semente de uma nova civilização germina nas cinzas da velha. Epiconomia. Quando o ser humano alcança a condição de ZerO2Nature.


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Palavras Chave

  • Covid-19
  • Fritjof Capra
  • complexidade
  • teoria do caos
  • epiconomia
  • próxima pandemia
  • perspectiva da civilização

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