Artigo Prisma Planck E

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O Pacificador do Presente

“Não viva no passado, não sonhe com o

futuro.  Concentre a mente no momento presente.”

Buda

 

No nivel quântico, só o que existe são partículas anônimas de alta energia.  Isso quer dizer que, fundamentalmente, não existe matéria, tempo, realidade ou eu.

Evidentemente, a pergunta que não quer calar é como atua a Complexidade.  Como a sofisticação nas interrelações dessas partículas cria padrões suficientemente estáveis para estabelecer a realidade, o Consensus, o eu.

Partindo do resultado, na busca por este início, concentremo-nos naquilo que parece –nesta altura de nosso conhecimento- ocorrer.  Como a consciência ainda nos é hermeticamente misteriosa, concentremo-nos na beleza do cérebro.

Provavelmente, é a atividade cerebral  que faz com que nosso metabolismo apreenda a Flecha do Tempo.  Os orgãos sensoriais que compõem os cinco sentidos enviam dados ao cérebro que os integra em uma representação mental.  Este processo ocorre através da operação simultânea de diversas regiões cerebrais.  Assim, a ação coordenada de volumes imensos de neurônios cria um estado biológico emergente que não dura mais do que centésimos de milisegundos.

Antes que uma sinapse chegue ao fim, há um outro complexo de neurônios bifurcando a partir do primeiro e isso nos garante a dogmática sensação de avançarmos na Flecha do Tempo.

O presente é somente o pacificador de nossa angústia ancestral, ainda que a Flecha do Tempo nos leve à morte.

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