Artigo Prisma Planck E


O Herói Desacreditado


Local: São Paulo, Brasil
Data publicação: 2022-10-03
Date modificação: 2022-10-03
Tempo de leitura: 00:01:36
O Herói Desacreditado

“Aqueles que podem fazer você acreditar em absurdos,

podem fazer você cometer atrocidades.”

Voltaire

Em 1933, quando Hitler começou sua escalada do terror, Werner Heisenberg foi convidado a lecionar em Berkeley. Muito tentado, foi aconselhar-se com Max Planck, que lhe disse: “nas grandes tempestades, o que guia os seres humanos são os faróis. Você é um farol.” Werner ficou. Mais, convidado a chefiar o programa que criaria a bomba atômica para os nazistas, aceitou.

Durante anos, Heisenberg foi vítima de ataques, por seu suposto colaboracionismo. Felizmente, o tempo tende a desnudar a verdade.

Sabe-se hoje que 10 cientistas alemães envolvidos nas pesquisas nucleares, dos quais 3 laureados com o Nobel, passaram 6 meses do ano de 1945 na Farm Hall, uma fazenda perto de Cambridge. O que eles não sabiam, é que todos os cômodos da casa continham um enorme número de microfones.

Segundo Samuel Goudsmit, um físico holandês radicado nos EUA, as gravações deixam muito claro que a maioria dos cientistas alemães não tinha objeções ao desenvolvimento da bomba atômica para os nazistas; aparentemente, por não imaginarem o tamanho do estrago que esta causaria. Havia uma enorme perplexidade por parte dos alemães relativa a Hiroshima e Nagasaki.

Exceção feita a Heisenberg. As conversas gravadas deixam absolutamente claro que Werner fez o impossível, para atrasar o programa nuclear nazista. Em uma conversa, entre ele e o inconformado físico nazista Walter Gerlach, Heisenberg explica a este como uma esfera de urânio-235, com um diâmetro de 54 centímetros e pesando quase uma tonelada poderia suportar uma cadeia de reações onde 80 colisões de nêutrons, a altíssima velocidade, decairia em 1024 nêutrons. O caminho era tão claro para Heisenberg, que ele chega a colocar para Gerlach que se o urânio contasse com uma camada refletora, somente 250 kg de urânio bastariam para construir uma bomba tão sofisticada que poder-se-ia cronometrar o momento de sua explosão, se composta de duas partes de massa subcrítica.

Heisenberg, que tinha 190 de QI, suportou calado, as críticas. Ele sabia que era um farol.

No livro excepcional Citizens of London, Lynne Olson nos apresenta uma perspectiva inusitada dos políticos britânicos da época com relação a Winnie: “precisamos lidar com seu gênio terrível, pois ele terá que ser primeiro-ministro, se houver guerra.” Depois de garantir o exercício da democracia para o mundo, Churchill foi imediatamente descartado. De perto, ninguém aguenta um heroi.


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Palavras Chave

  • Weiner Heisenberg
  • Nazismo
  • Bomba Atômica
  • Bomba Nuclear
  • inteligência estratégica

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