Artigo Prisma Planck E

• Home
• Artigos
• Comunicados
• Relatórios

---

Nabokov e o Controle

“O tempo precede a existência.”

Ilya Prigogine

 

Vladimir Nabokov foi um escritor sem limites.

Uma de suas frases mais interessantes é:  O que pode ser controlado não é nunca totalmente real; o que é real, não pode nunca ser totalmente controlado.

E assim é, com a Natureza.  Ou melhor: com a nossa apreensão da Natureza.  No início do século passado, não havia a menor possibilidade de entretermos nosso conhecimento científico com conceitos do tipo partículas de alta energia, Caos versus Complexidade, estruturas dissipativas.  Não poderíamos sequer concatenar ideias que nos são hoje absolutamente claras, como por exemplo a relação de impossibilidade entre a simetria, o tempo e nossa apreensão de realidade.

Mas, dados os parâmetros que nos permitem a apreensão do mundo, o que define conhecimento não é apenas a relação direta entre aquele que conhece e aquilo que lhe é desvendado.  Existe uma relação temporal, evidentemente clássica.  É a Flecha do Tempo que estabelece as fronteiras metabólicas do que percebemos, como percebemos.  Mais:  nossa acepção de realidade está intimamente ligada àquilo que ignoramos.  Todos os sinais que nosso cérebro toma por ruidos.

É onde entra Nabokov.  E a física clássica.

Newton é hosanado pela comunidade científica e sua física –apesar de representar deterministicamente um pedacinho de altíssima especificidade da Natureza- é, até hoje, a física ensinada nas escolas.  Por quê?

Porque o determinismo nos afasta de nossa morte iminente; obnubilando a incerteza, acalma a alma inconformada com seu próprio fim.  Mas, o determinismo é um paliativo, um xanax adotado pela realidade que pode ser ministrado durante toda a vida, que passa a estar muito próxima do estado vegetativo.

A alternativa é ter nossa morte como melhor amiga e viver tudo o que há para viver.

---

Livros Planck E

---

---

Para maiores informações sobre Prisma Planck E, entre em contato.