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Filosofia e Mecânica Quântica

“O homo é a única criatura que recusa-se a ser o que é.”

Albert Camus

 

 

Hoje, a mecânica quântica é um meio para um fim.  Sua aplicabilidade é só o que interessa.

O que é uma pena e nem sempre foi assim.  Quando aqueles físicos fantásticos do início do século passado começaram a criar as bases do que viria a ser a mecânica quântica, eles ficaram absolutamente mesmerizados com o que viam.  E quanto mais viam, menos compreendiam.

Com o tempo, a hermeticidade da mecânica quântica acabou por dissuadir o estudo de seus aspectos filosóficos e hoje, ela é uma chave de fenda sofisticada.

Quando éramos mais substanciosos, trazíamos –por exemplo- Kant, para a discussão; onde a lei causal não é tratada como uma asserção empírica que prove ou refute experiências, mas simplesmente como parte das categorias que o filósofo alemão considera como a priori.

Assim, nossa percepção de mundo não é mais do que um conjunto subjetivo de sensações ao qual nenhum objeto corresponderia, não houvesse um Consensus onde as impressões percebidas decorrem de experiências anteriores.

Dessa forma, os parâmetros impostos –e inadequados- à mecânica quântica partem de uma relação unívoca de causa e efeito, já que a ciência toda baseia-se na observação de fenômenos e assume como lei natural uma causalidade que não é senão uma ferramenta mental com a qual incorporamos os resultados da interação de nossos metabolismos com o externo, de forma a acumularmos o que definimos ser experiência.

Faltou combinar com a Natureza.

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