Artigo Prisma Planck E

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A Consciência e o Big Bang

“Ninguém se torna iluminado imaginando

figuras de luz, mas tornando a escuridão consciente.”

Carl Jung

 

Tenhamos sempre em mente que, quando referimo-nos ao Big Bang, estamos simplesmente trabalhando com um modelo.

Durante aqueles primeiros instantes pós-explosão, onde cria-se espaço e tempo, cria-se também a consciência?

Sim.  Se partimos da premissa que a explosão de algo do tamanho de uma bola de gude, sem origem, sem antes, pode parir um Universo –ou muitos, dependendo do físico teórico- em algum lugar temos que encaixar uma consciência primeva.  Um sopão primordial.

E assim, nada mais natural do que aventarmos a possibilidade de existência de uma consciência que a tudo permeia, por extracorporal.

Mas a verdade é que o modelo Big Bang é muito mais sofisticado do que sua versão internet.  Por exemplo, ele contempla –por princípio- a inexistência de um Universo –ou uma consciência maior- com existência própria.  Assim, suas realidades são relativas à complexidade das interrelações que lhes são inerentes.

Da mesma forma que a consciência não “existe” em nenhuma parte de nossos corpos ou mentes, é ela que nos permite a percepção da realidade e da fortíssima concepção do eu.

O paralelo que fazemos da consciência com aquilo que convencionou-se chamar Universo é entre o continuum consciência e o continuum massa-energia.

Evidentemente, quem faz o paralelo são as consciências dos cientistas que desenvolvem ou seguem o modelo; uma vez que, sem a confirmação de uma entidade criadora, não sabemos de onde vêm consciência ou massa-energia; não sabemos para onde vão; quais seriam seus papéis ou suas qualidades.

Não sabemos sequer se a consciência poderia nascer do inconsciente.

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