Artigo Prisma Planck E

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Chance Ontológica

“Mas para alcançar o estupendo, é justamente o impensável que deve ser pensado.”

Tom Robbins

 

 

Para Aristóteles, ontológico é aquilo que define a abordagem macro do ser humano.  Para Heidegger, o contexto aristotélico é ampliado, abrangendo as múltiplas facetas de um ser humano.

Na mecânica quântica, o universo é concebido da necessidade.  Uma necessidade.  Qualquer necessidade que, a partir da existência, passa e ser em um contexto plenamente estocástico.  E é exatamente dentro destas infinitas possibilidades que a criatividade faz-se necessária.

A primeira dúvida à qual a criatividade dirige-se é:  aquela necessidade primeva é realmente destituída de causa?  E essa dúvida é ainda mais complexa, porque foge à dicotomia:  a matéria, as partículas iniciais fogem completamente à causalidade linear.

É simplesmente para botar ordem no galinheiro que o conceito de chance ontológica é postulado.  Onde as infindas probabilidades de manifestações são enfeixadas; são contextualizadas em interrelações.  O ponto onde a criatividade é domada e a espontaneidade, ignorada.

Na concepção de princípio organizador, escolhemos um caminho que leva à dicotomia, que leva ao Consensus.  Aí abrimos mão das interrelações de infinitas possibilidades providas pela criatividade.

A partir daí, somos computadores orgânicos, com inteligência artificializada pelos inúmeros zeros e uns.  Tantos, que confundimos as interrelações da maldição dicotômica com complexidade.

O que nos ameaça não é a inteligência artificial, mas a artificialidade de nossa inteligência.

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