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Causa, Efeito e Vacuidade

“-Hesitação, um discurso imprecise são as maiores

causas de doenças mentais em seres humanos.

 -Hã?”

Tom Robbins

 

Quando a mecânica quântica aparece, com suas probabilidades e qualidade de dados, ao invés de quantidades e ocorrências da física clássica, ela destrói o determinismo da relação entre causa e efeito.

Por exemplo, fica muito difícil considerar a desintegração quase instantânea de partículas de alta energia como algo totalmente atribuído à sorte.

Dentro de nossa abordagem aristotelicamente dicotômica da realidade, oscilamos entre a necessidade e a sorte.  Para a hermética filosofia que fundamenta a mecânica quântica, é no movimento deste pêndulo que surge a criatividade.

E seguindo com o exemplo da desintegração das partículas, este efeito ocorreria sem que houvesse a necessidade de uma causa ou simplesmente desconhecemos qual esta seria?

É aí que voltamos ao tema da chance ontológica, já anteriormente explorada.

O que definitivamente não existe no efeito “desintegração de partículas” é linearidade e sem ela, não há Flecha do Tempo.

Na chance ontológica, probabilidades de ocorrências são enfeixadas; são contextualizadas em interrelações.  Nós realmente perdemos o pé nessa abordagem que estava indo tão bem, quando insistimos na Flecha e não na Frequência do Tempo.  É onde a criatividade é domada e a espontaneidade, perdida.

Talvez, se focássemos a Frequência do Tempo, no contexto observado, encontraríamos o princípio organizador, aquela ilha ordenada , ou o santo graal que vai descortinar a ponte entre o Caos e a Complexidade.  É isso que propomos, no Omphalos.

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