Artigo Prisma Planck E


Bege, Nossa Cor Atual


Local: São Paulo, Brasil
Data publicação: 2022-09-20
Date modificação: 2022-09-20
Tempo de leitura: 00:04:03
Bege, Nossa Cor Atual

“I love color. I'm not a beige kind of girl."

Christina Aguilera

Como eu, acho que existe uma parcela enorme da população que não aguenta mais o politicamente correto. Da mesma forma que não suporta a violação da liberdade, do espaço alheio. O mantra de meu pai era A tua liberdade termina onde começa a do outro. Estou escrevendo um livro que vai além disso e aqui vai a introdução.

2001: Uma Odisseia no Espaço. Toda vez que há um salto –não necessariamente evolutivo- na relação do homo com o planeta ou com sua própria perspectiva, um osso é arremessado ao ar e Assim Falava Zaratustra, de Richard Strauss, invade nossos seres, arrepiando todos os pelos de nosso corpo.

Antes de continuar, porém, vejo-me obrigada a dar atenção ao alerta vermelho-neon da pergunta que aparece hoje a quem escreve, opina, fala; como um criança irritante batendo seu martelo de plástico no teclado de seu pianinho. Sem parar. De novo. O alerta, de novo.

Primeiramente, porque escrevi homo, há dez linhas. Não escrevi homem, porque é politicamente incorreto; não escrevi mulher, pois se a lógica vale para um, deve valer para o outro. Não escrevi they, porque acho ridículo (De novo. A luz vermelha e irritante) e não conheço os conectores gramaticais adequados. Daí, opto por homo, de homo sapiens sapiens. E sou alertada que homo também não seria politicamente correto, por ser uma forma -hoje- pejorativa de referência a homossexuais. Tenho que usar toda minha capacidade de ponderação e opto pela posição científica. Daqui por diante, fica homo. Nesse momento, não vou justificar os outros dois alertas ( a criança irritante e o they) mas o farei, no conjunto da obra.

Voltando ao magistral filme de Kubrick, o que não é ali computado, é exatamente a reação do homo àquela mudança. Em um primeiro momento, há um processo involutivo. Foi assim com a escrita, com a prensa de Gutenberg e está sendo assim com a internet. A magnitude das possibilidades que a internet encerra assustam nosso cérebro reptiliano, que assusta nosso sistema límbico, que apavora nosso neocórtex. Porque não conseguimos assimilar todos aqueles dados e consequentemente, caminhamos para a obsolescência que nos fará perder o emprego. Emprego este que provavelmente está fadado ao desaparecimento, pois li –em algum lugar- que em 2050 (ou será 2030?) 65% dos empregos que hoje existem, não mais existirão. Li também (em outro lugar, tenho certeza), que a nossa concepção de trabalho não muda há 700 anos: percebemos remuneração a partir do instante em que agregamos valor. Então, eu me pergunto, como vamos dar conta do aquecimento global? onde a aposentadoria de créditos de carbono refere-se ao pagamento pela remoção de algo intangível? Por favor, não pare de ler, ainda. Vamos encontrar a resposta a esta pergunta, também. Como?

Há 25 anos, Caspar Bensik e eu criamos a Planck E. Uma consultoria em engenharia holística. Super animados, fomos apresentar nossa solução relacionada à importação direta de gás natural da Bolívia para o Brasil, sem passar pela distribuidora. A multinacional, com sede no Rio de Janeiro, é uma das maiores consumidoras do insumo, no país. Naquela conversa mole que antecede as reuniões (alerta!), um dos diretores olha para mim com simpatia e pergunta:

Engenharia holística tem a ver com mapa astral?”

Engenharia holística tem a ver com mecânica quântica, onde trabalhamos com imensos volumes de dados e os tratamos qualitativamente, de modo a obter contextos mais ou menos complexos, que refletem a tridimensionalidade da vida.

Explico: a física Newtoniana trabalha com quantidades específicas, dentro de segmentos específicos e ideais de realidade. Surpreendentemente, funciona! Tanto, que chegamos à Lua. A mecânica quântica, trabalha com potencialidades que se afunilam em possibilidades, que se afunilam em probabilidades, dentro da realidade; sem os confortáveis limites do ideal e da especificidade. Como a vida, a mecânica quântica pode ser tridimensional, ainda que vá além.

Na Planck E, desenvolvemos uma ferramenta que nos permite uma visão clara, tridimensional e absolutamente focada de qualquer ciclo antrópico. Isso quer dizer que podemos eleger presidentes da república ou fazer uma festa de arromba.

Podemos organizar o Big Data em contextos, no que batizamos de Being Data, e, ao invés do monstro aristotélico do doutor Frankenstein, deparamo-nos com a Isabeli Fontana. Ou Nelson Mandela. Ou Mick Jagger!!

E, até agora, ninguém entendeu.

Quando estourou o escândalo da Cambridge Analytica, enchemo-nos de esperança: o mundo compreendeu que a compilação de 5 mil pontos de dados referentes a cada ser humano abordado pelos coletores de informação da empresa –que, por sinal, não tem rigorosamente nada a ver com a prestigiosa universidade britânica- levaram à eleição de Trump. E de Bolsonaro. E ao Brexit. Quando ia começar a escrever minhas considerações a respeito dos três tópicos, o alerta deu um tapa na minha mão. Assunto proibido.

Então, sigamos. No Being Data, que trabalha com a ferramenta CONTEXT3D, contextualizamos 108 padrões comportamentais, o que nos permite avaliar a complexidade de 163 mil pontos. Com relação à Cambridge Analytica, duas diferenças: não entrevistamos pessoas e somos éticos.

Não espero aplausos, por sermos éticos. É o mínimo que devemos ser. O que não é tópico de conversa em festinhas, é a imensa vantagem que a aplicação da ética te dá, se você for bom de mecânica quântica (e de matemática, óbvio): a acurácia dos dados colhidos a partir da contextualização de padrões comportamentais são infinitamente mais precisos do que aqueles frutos de entrevistas. Por quê? Porque as pessoas mentem.

Dos 108 padrões contextualizados pelo CONTEXT3D, vamos aqui apresentar 92.

Vamos ver como a interrelação destes padrões dão origem a propriedades emergentes, quando os dados são tratados de modo contextual, dando origem a informação, que coerentemente formam zonas adensadas de possibilidades, onde recontextualizações constantes deste volume menor de informação, dados e dados adicionais permitem a emergência de conhecimento, que gera zonas adensadas de probabilidades. A recontextualização destas zonas leva à ocorrência.

Sim. O CONTEXT3D vence o demônio de Laplace.

Sim, meu livro BEGE está quase pronto!


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Palavras Chave

  • politicamente correto
  • Cambridge Analytica
  • Bolsonaro
  • Donald Trump
  • Brexit
  • politicamente incorreto
  • repensando o politicamente correto

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