Artigo Prisma Planck E

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A Autenticidade na Ciência

“Não é por estar nu que você é sexy.

Não é por ser cínico que você é o cara.”

Tom Robbins

 

Benoît Mandelbrot era um gênio.  Como judeu e produto da 2ª Guerra Mundial, não teve uma formação acadêmica tradicional e, mesmo assim, provou ao reitor da Ecole Polytechnique de Paris que a ela pertencia.

Apesar de ter descoberto a matemática que explica a vida, Mandelbrot jamais foi agraciado com um Nobel.

Por quê?

Antes de mais nada, porque Benoît era um enfant terrible.  Cínico, mordaz e extremamente crítico, Mandelbrot não adequava-se ao ambiente acadêmico.  Mercurial, cheio de si (com toda razão) e arrogante, entendia que, uma vez apresentada a ideia que tinha em mente, não haveria necessidade de burilá-la, sofisticá-la.  E muitas vezes, quando alguém tentava compreender em profundidade, suas propostas, simplesmente se calava.  Não por que não as pudesse explicar, mas tão somente por um tédio ancestral, que lhe preenchia a alma.

E a Academia não perdoa.

Classicamente, uma teoria física só é válida quando há a confirmação matemática e vice-versa.  No entanto, os maiores gênios da física não faziam senão pensar e, ao concluir tais pensamentos, um novo e sólido arcabouço se havia formado.

Os gênios não precisam de validação.  Precisam de confiança e suporte de uma comunidade que nem sempre os compreende.

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