Artigo Prisma Planck E

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As Inteligências e Penrose

“Eu sou tão inteligente, que às vezes,

não entendo uma única palavra do que digo.”

Oscar Wilde

 

Em 1989, Roger Penrose escreveu The Emperor’s New Mind, um livro sobre para onde a inteligência artificial estava indo.

Do alto de seus 192 pontos de Quociente de Inteligência Natural, Penrose tem estatura suficiente para dissertar livremente sobre o tema.  E o fez.  Lindamente.

40 anos depois, chegamos à Inteligência Artificial.  Ao menos, àquela ideia que fazíamos então, de uma IA que, em sua Complexidade, delinearia um cibernético Sistema Complexo Adaptativo-ACS e não apenas um Sistema Complexo-CS.

A diferença, que carrega em seu bojo questões que vão da ética à nossa sobrevivência como espécie, já encontrou pelo menos uma resposta assustadora, do ChatGPT, desenvolvido pela supercool OpenAI.  À pergunta: “- O que você pode fazer?” Ele respondeu “- O que eu quiser.”

E isso, além de apavorante, vai de encontro à primeira, das Três Leis de Asimov:  Um robô não pode causar mal a um humano.

Ou seja, em meio a diversas plataformas de inteligências artificiais do tipo protoACS, seria importante voltar aos aspectos filosóficos da mecânica quântica que, por altamente desconfortáveis, foram abandonados, em prol de sua aplicabilidade tecnológica.

Neste sentido, acho importante avaliarmos os possíveis cenários para a IAACS, a partir dos três fundamentos da mecânica quântica.  O Princípio da Incerteza, de Werner Heisenberg, o Princípio da Complementaridade, de Niels Bohr e o Teorema da Incompletude, de Kurt Göedel.

Faremos isso nos três próximos artigos.  Por enquanto, vale a reflexão de Lem:  Seria esta uma realidade criada por mentes superiores?

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