“A chave para o aprendizado é estar consciente daquilo que você não entende.”
James Pierce
Quando escrevi sobre o acaso verdadeiro ser quântico, o fiz com base no cerne da mecânica quântica: no tempo, todas as potencialidades ocorrerão. Fica para uma próxima oportunidade a definição de tempo.
Seguindo o caminho de exploração das teorias ainda vivas –mesmo que desmaiadas- imagine um físico teórico da grandeza de Stephen Hawking. Ainda que autodescrito como positivista, Hawking tinha sérias dificuldades na flexibilização de seu magistral pensar à consideração de multiversos, dentro da Teoria-M; até que foi completamente capturado por sua elegância e beleza.
Pausa.
Nossa apreensão de realidade, ou aquilo que chamo de Consensus, é um sistema que reflete a funcionalidade mecânica de nossos sentidos aliada à interpretação de nossas mentes. O problema, é que, como apreendemos a realidade de forma bastante semelhante –algo como estarmos todos assistindo a um mesmo filme- tendemos fortemente a confundir a qualidade desta apreensão conjunta com verdade absoluta.
Por exemplo, em um mapa-mundi plano é impossível representar a Terra inteira, uma vez que as áreas tornam-se maiores conforme afastam-se do equador e polos norte e sul estão ausentes. . Em 1569, Gerardo Mercator apresentou uma projeção cilíndrica da Terra, constituída por dezoito folhas xilografadas que, superpostas, apresentam exatamente o mesmo cenário: são as projeções de Mercator.
Assim é a Teoria-M, um conjunto de teorias de uma mesma família e, ainda que haja distinções marcantes entre elas; ainda que só possam ser aplicadas a contextos bastante específicos, suas superposições convergem às mesmas conclusões.
Então vamos ao conjunto da obra: a Teoria-M garante que nosso Verso não é Uni, que o Cosmos cria –do nada- multiversos; cada Verso tem todas as potencialidades, inclusive a presença ou não de vida.
A Teoria-M inova, por sua humildade e reconhecimento da existência do incognoscível.
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