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A Relação Entre Ângulos e Horas

“Eu sou fantástico.  Todo mundo sabe.”

Narciso

 

Se, em algum momento, vamos dominar a física que nos permite calcular temperaturas de estrelas, precisamos entender o céu.  Para começar, a Terra movimenta-se além da rotação e translação.  Por exemplo a nutação e a precessão dos equinócios.  Como o planeta tem seu eixo inclinado em cerca de 23.5 graus, o movimento de precessão é determinado pela inclinação do eixo relativamente ao plano de sua eclíptica e um giro leva 25770 anos até sua completude.

Para que possamos criar um sistema de interrelação entre planetas e astros, dividimos a abóbada celeste em dois hemisférios separados pelo equador.  Os astros presentes no hemisfério norte apresentam declinação positiva; enquanto aqueles do sul, negativa.  Desta forma, a Estrela Polar, que está –neste momento- precisamente em linha com o polo norte terrestre, apresenta declinação +90⁰.

Como sabemos, a maior circunferência da Terra é medida no equador.  Por analogia, assumimos que as posições observadas a partir do equador celeste são conhecidas por ascensão reta, cujo ponto zero é o momento em que o Sol cruza o equador celeste, no início da primavera, fenômeno denominado equinócio da primavera.

E, finalmente chegamos às unidades de medidas.

Se na Terra utilizamos os ângulos, em nossos cálculos de longitude e latitude, as medidas celestes são feitas em horas, minutos e segundos.  Assim sendo, os graus dos ângulos equivalem ao tempo de rotação da Terra.  Ou seja, o planeta gira em torno de si mesmo em 24 horas, completando 360 graus.

E daí, fica tudo mais simples.  Uma hora equivale a 15 graus; 1 minuto (ou 15 graus divididos por 60) a 15” (ou quinze arcos de segundo).  Por exemplo, a estrela Alpha Ophiuchi, na constelação de Ofiúco, está localizada a 17h34m56s, a uma declinação de +12° 33′ 38,1.″

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