“Beleza é superioridade natural.”
Platão
A Natureza produz vidro à temperatura ambiente. Nós precisamos de mínimos 1.2000C.
A Natureza produz polímeros diversos, em menos de cinco minutos, dependendo da necessidade do animal. Nós precisamos de uma petroquímica com mínimas três fases e toda uma logística para cada linha de produção.
A Natureza produz cola flexível que cola embaixo d’água. Nós? Em nossos sonhos.
A pobreza da dicotomia que rege o Consensus é o irritante e sem noção chihuahua latindo para um urso; tamanha a complexidade da Natureza e seus ciclos produtivos.
O livro publicado em 2010 (e documentário de 2014), “Mercadores de Dúvidas,” de Naomi Oreskes e Erik M. Conway é um excelente trabalho jornalístico, mas de uma ingenuidade pueril.
Evidente que a existência de psicopatas como Steven J. Milloy, Dixie Lee Ray, Bjorn Lomborg, Fred Singer, Joseph Blast; infelizmente entre muitos outros, é assustador. No entanto, o debate sobre as origens das mudanças climáticas ou sua extensão, partem de um antropocentrismo que ficaria bem em uma criança de 10 anos; por um adolescente, espera-se mais.
As amebas, ainda que supostamente não tenham ciência da morte (suponho, porque não tenho memória de ter sido ameba), têm medo. E medo, é a mais básica de nossas emoções, diretamente ligado ao instinto de conservação. Assim, se não têm medo dsa morte, as amebas têm apego à vida. O que então, justificaria o suicídio coletivo de lêmures, ostras, társios e pinguins?
Quando Naomi demonstra toda sua indignação, ao apontar que os mercadores de dúvidas afrontam a ciência, além de ingênua, ela está sendo tremendamente arrogante, já que em algum momento, um cientista iluminado concebeu o parâmetro NCC ou nível de conhecimento científico. Em um inusual rasgo de humildade, há a ponderação que esta é a ciência que atualmente conhecemos. O parâmetro é tão bom, que deveria ter sido aplicado desde Ptolomeu até Heinrich Mückter.
Nós estamos no planeta –que está aqui, de acordo com nosso atual NCC, há 4,5 bilhões de anos- há 7 milhões de anos. Pensamos, agimos e criamos em uma realidade dicotômica; o que já seria inadequado, dada sua tridimensionalidade. Nossa convicção de superioridade sobre a Natureza só encontra fim na definição de delírio hebefrênico. E encontramos respostas para as ostras, lêmures, pinguins, baleias e társios suicidas na condescendência dos estúpidos: “não são suicidas, é o ciclo migratório!”
Somos tão arrogantes, que não percebemos –cientistas do bem e os maléficos mercadores de dúvidas- que, enquanto mantemos paixão, indignação, insídia, deslealdade, caminhamos para a morte.
A Natureza, em sua constante postura de Yoda, ainda nos dá essa pista: sabemos –ainda que tentemos a todo custo nos distrair- que vamos morrer. EU vou morrer. O que não vimos considerando, é nossa insignificância diante do dragão. Somos muitos, somos maléficos, destruidores, poluidores. Se maléficos, destruidores e poluidores não caracterizam os homo de bem; muitos, certamente somos.
E a Natureza cansou-se deste projeto tão bem concebido mas que não deu certo, que é o ser humano. Com o estrago que seguimos causando, caminhamos –inexoravelmente, para o suicídio coletivo.
Heinrich Mückter? Inventou a talidomida.
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