Artigo Prisma Planck E


A Matemática e a Semana da Moda de Paris


Local: São Paulo, Brasil
Data publicação: 2022-10-17
Date modificação: 2022-10-17
Tempo de leitura: 00:02:41
A Matemática e a Semana da Moda de Paris

“Charme é a forma de receber a resposta sim sem que a pergunta tenha sido claramente feita.”

Albert Camus

Em setembro, ocorre a mais esperada semana de moda do mundo; aquela de Paris. E isso com a matemática?

Vamos ver.

A matemática é como um canivete suíço: serve para tudo.

A primeira evidência de sua utilização que possuímos é o Osso de Lebombo, uma fíbula de macaco com vinte e nove entalhes, com data provável de 35.000 aC. De lá para cá, e certamente daqui em diante, ela só fez e faz evoluir. Baseada na interpretação de axiomas e na mais rigorosa Lógica, a matemática tem-se demonstrado uma ferramenta incrível, com poderes evolutivos que acompanham nosso próprio desenvolvimento. Mas será que, como colocou Einstein, poderíamos considerar a geometria –por tratar de corpos quase rígidos- a base ancestral da física? Ou seja, mais que um mapa, poderia ela fazer parte do território?

Se partirmos do princípio de que uma ferramenta encerra o espírito que a originou, devemos voltar a Heráclito que, atribuía ao fogo a origem de tudo, manifestando-se como matéria e movimento. Para Parmênides, seria a mente a origem de tudo, pois como não seria possível conhecer o incognoscível, ele entende que só o que podemos conceber em nossa mente pode existir.

Empédocles define quatro elementos geradores da existência: terra, fogo, ar e água. Estes elementos combinar-se-iam de infinitas formas por conta de duas forças maiores: o Amor e o Ódio. Analogamente a Parmênides, para Anaxágoras, o que cria a realidade é o Nous, ou nossas mentes sintonizadas em uma mesma faixa de emanações.

Todos estes séculos de especulações filosóficas acerca do que é a realidade, desembocaram dos primórdios da matemática, com Leucipo e Demócrito chegando à conceituação de átomo.

Para Demócrito, o átomo seria a partícula elementar que permitiria a existência. Haveria diversos tipos de átomos, que poderiam combinar-se entre si e que seriam capazes de movimento. E esta mobilidade, aliada às possibilidades de agrupamento, originaria a matéria.

Pitágoras ficou tão fascinado pela matemática que chegou a adorá-la, misturando-a a religião e influenciando definitivamente nosso pensamento. Tanto, que Platão tomou emprestado de Empédocles os quatro elementos e aliou-os aos sólidos pitagóricos: o cubo representando a terra; o octaedro, o ar; a água como icosaedro e o tetraedro, como fogo. Ao invés de Amor e Ódio, Platão assume a existência de um quinto elemento usado por deus na formação do universo. Para ele, a condição matemática dos poliedros, com sua tridimensionalidade, permite a formação da matéria. Ou seja, os quadrados não significam nada em termos de realidade até que se unam em um cubo que ocupando seu lugar no espaço, forma o elemento terra. E aí, Platão define quintessência.

Por caminhos inusitados, as colocações de Platão alcançam Einstein, cuja teoria da relatividade garante que o espaço define-se pela distribuição da matéria: a geometria origina a matéria ou é por ela originada.

Os físicos e matemáticos que participaram da Interpretação de Copenhagen da mecânica quântica concluíram que a matéria, na forma de partícula elementar, não é mais que uma função de probabilidade. Ou seja, se a Teoria Geral da Relatividade nos prova que matéria e energia são duas manifestações de um mesmo conceito, então a partícula elementar é, muito mais na mecânica das matrizes do que jamais o foi anteriormente. O que só nos pode levar a concluir que uma partícula elementar não é mais elementar que outra!

A Semana de Moda de Paris é o acontecimento do ano para uma indústria de movimenta 3 trilhões de dólares por ano ou 2% do PIB mundial. Como detalho em meu livro Estado de Vogue, a moda está diretamente ligada às necessidades da porção reptiliana de nossos cérebros, onde sermos belos e fortes nos garante sexo, comida e abrigo.

Cada uma das mais sofisticadas casas de moda reflete seu/sua criador/a. Ainda que tenha uma paixão avassaladora por Yves Saint Laurent, coloco Givenchy no terreno do sublime.

Alto, lindo, aristocrata e elegantérrimo, Hubert de Givenchy é a quintessência da moda. Misteriosa, filosófica, provocadora, a matemática é a quintessência da Natureza.


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Palavras Chave

  • matemática
  • Desfile de moda de Paris
  • Aristóteles
  • Einstein
  • Interpretação de Copenhagen

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