Artigo Prisma Planck E

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A Linha Invisível

“Dogmatismo e ceticismo são ambos, em certo sentido, expressões

absolutas de filosofias; um tem certeza de saber, o outro de não saber.”

Bertrand Russell

 

Para os índios Tewa, do Novo México, as terras ao redor do Rio Grande são o centro do Universo.

Do centro da Terra, parte um lago que aflora na superfície, trazendo consigo os primeiros habitantes que, dali, partem em todas as direções, para explorar o mundo.

Depois de um tempo, estes pioneiros voltam à origem e a troca de experiência leva à constatação de que existia apenas uma área pequena e –convenientemente- quadrada em todo o mundo selvagem e hostil, que poderia ser habitada.

Essa área, é demarcada pelas quatro montanhas que, a partir de então, passam a ser sagradas: os picos Chicoma e Sandia, parte das montanhas Jemez; o pico Canjilon, ao norte e o pico Truchas, nas montanhas Sangre de Cristo.

Esta pequena área, no que hoje é o Novo México, seria o paraíso terrestre determinado pelos deuses, onde seria garantido ao homo uma vida de harmonia.

Para os índios Matis, da Floresta Amazônica, é a casa comunal o centro do Universo, da paz e da harmonia. E o Shobo deve sempre ficar a montante do rio.

Há 14,5 bilhões de anos, algo do tamanho de uma bola de gude explodiu.  Antes dela, não havia tempo ou espaço e com ela, nasce a ciência contemporânea.

Todas as nossas mais loucas elocubrações tornam-se dogmas cientíticos, se me permite o oxímoro, quando corroboradas por interrelações que nascem desta explosão.

Como os conheço, prefiro a poesia dos Matis.

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