Artigo Prisma Planck E

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A Insustentável Estabilidade do Átomo

“Somos uma impossibilidade em um Universo impossível.”

Ray Bradbury

 

Em ambos, o tema é o mesmo.  Tanto o belíssimo livro de Milan Kundera, quanto o filme Closer tratam da busca de leveza que a felicidade implica, transformando-se em uma insustentabilidade que acaba por destruir os personagens.

Diz o ditado chinês que a vida é movimento e não força.  E, no longo prazo, tudo o que é forçado acaba por ruir.

Tomemos por exemplo o átomo de Marie Curie, Becquerel, eRutherford.  Em 1911, as experiências deste último levaram a comunidade científica a adotar um átomo que tem um núcleo e elétrons que o orbitam.

O fato é que essa configuração, que replica o modelo de sistema solar proposto por Newton, não pode explicar a impressionante estabilidade do átomo.

Digamos que houvesse uma colisão entre um planeta e um asteróide grande o suficiente para alterar sua órbita.  Não há possibilidade deste planeta –após a colisão- voltar à sua trajetória original.

Por outro lado, tomemos o átomo de carbono, que está na moda.  Feitas e desfeitas inúmeras ligações com outros elementos, o átomo de carbono voltará sempre à sua configuração original.

Em 1913, Bohr explicou essa estabilidade.  Na realidade, não existiria um continuum do átomo, mas padrões mais ou menos estáveis.  Assim, como a energia atômica sofre mudanças apenas através da propagação dos quanta, a “existência” de um átomo ocorre apenas durante períodos estacionários.

Da mesma forma que a leveza, para Tereza e Tomas; Sabina e Franz; Alice e Dan; Anna e Larry só haveria de se manter por um instante.

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