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A Explosão Singular

“O homo é algo a ser superado.  O homo é uma corda, entre a besta e o super-homo — uma corda sobre o abismo.”

Friedrich Wilhelm Nietzsche

 

Voltemos ao período entre dez e vinte bilhões de anos passados.

Quando algo explode, nossas consciências –sem exceção- assustam-se, em um primeiro momento, para entender que algo expandiu-se, a partir de um contenedor.

Mas, como foi o Big Bang.  Sério.  Tentemos apreender o que acontece naquele instante, onde algo do tamanho de uma bola de gude dá origem ao universo.

Voltemos à nossa explosão.  Depois do fato, voltemos ao local.  Conseguimos determinar o raio de ação, o tipo de explosivo, o tempo que demorou para causar o estrago e finalmente, a amplitude deste estrago.  O espaço atingido. 

Um primeiro entrave à nossa imaginação reside na inexistência de tempo.  Ou espaço, há 20 bilhões de anos.  Ou seja, se o Sistema Internacional é o vade mecum da ciência, deu ruim, pois não há segundos, minutos horas; não há metro, não há decâmetro.

Para conveniência de seus asseclas, a explosão não origina apenas tempo, espaço e o Universo, como também a matéria e a energia.  Pacote completo, porteira fechada.

Agora vamos ao intrigante.  Em que se considere a luz como algo que nada ultrapassa em velocidade, tomemos um observador que detecta uma estrela a 15 bilhões de anos-luz na direção sul.  Em seguida, ele dirige todo seu aparato medidor à direção norte e escolhe uma outra estrela, também a 15 bilhões de anos-luz.

Entre as estrelas norte e sul, haveria uma distância de 30 bilhões de anos-luz ou o dobro cda idade do Universo Big Bang. 

Com relação à matéria, explicamo-la unicamente através da matemática, usando as simetrias que não existem na Natureza.

Comfortably numb.

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