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A Energia da Fusão Nuclear

“Quando olhamos para cima e vemos as estrelas,

tudo o que vemos é brilho, por causa da fusão nuclear distante.”

Carl Sagan

 

Todo mundo que já viu o cogumelo provocado pela explosão da bomba em Hiroshima, se não sabe o que é, conhece os efeitos da fissão nuclear.  Entretanto, ainda que tenha ouvido falar, poucos têm ideia do que é a fusão nuclear, a energia abundante, barata e limpa que salvaria o planeta.

Para começar, precisamos entender este Santo Graal da física de alta energia.

A Terra é recoberta por oceanos de isótopos de hidrogênio H¹- prótio- e H² – deutério- o que garantiria fontes inesgotáveis dessa sonhada energia, através da fusão de núcleos atômicos de baixo A, ou aqueles cuja área é excessivamente superior a seus volumes, garantindo suas estabilidades.  No entanto, é extremamente difícil construir um reator de fusão, por causa da barreira Coulombiana.

Proposta pelo engenheiro e físico francês Charles-Augustin de Coulomb, em 1783 –mesmo ano em que propôs a Lei da eletrostática que leva seu nome- a barreira coulombiana ou o obstáculo repulsivo existente entre dois núcleos atômicos e que, se não transposta, deve ser ao menos penetrada, de modo a permitir que dois núcleos atômicos aproximem-se o suficiente para que a ação das forças nucleares de curto alcance permita a fusão.

Existe hoje uma corrida, para ver quem chega primeiro ao reator nuclear de fusão.  Em dezembro de 2022, o Lawrence Livermore National Laboratory (LLNL), da Califórnia, anunciou que o laboratório conseguiu produzir mais energia –em um experimento de fusão- do que aquela empregada em sua obtenção.

Se assim for, o ser humano passa a criar estrelas, já que este processo é aquele gerador da energia que as fazem brilhar.

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